1/23/2011

É urgente resistir!

A direita quer o FMI para poder aplicar o programa que não consegue sufragar nas urnas. A campanha para as eleições presidenciais confirmou que Cavaco Silva quer aumentar a tensão com o governo e abrir caminho à eventual entrada de Passos Coelho (e consequente regresso de Paulo Portas) no governo para assim transformar o país num “bom aluno” do FMI.

O Orçamento de Estado e as medidas do PEC, ambos aprovados com o voto do PS e do PSD, são a primeira dose da receita da austeridade: diminuem os apoios e os rendimentos das famílias, mas aumentam as desigualdades e o desemprego. Por outro lado, fecham-se os olhos à taxação dos lucros dos bancos e dos dividendos milionários dos gestores.

Este resultado eleitoral confirma Cavaco Silva como ponta de lança dos ataques que a direita planeia levar a cabo.
No nosso distrito a soma dos votos dos candidatos situados à esquerda bate em muito o “score” da direita.
Por outro lado a campanha de Manuel Alegre serviu para denunciar estes planos de austeridade e esperamos que possa contribuir para criar novos laços com vista ao alargamento de uma esquerda de resistência aos tempos difíceis que se avizinham.

Assistimos a uma ofensiva poderosa do patronato e dos especuladores da banca, assim, é maior a urgência da unidade dos trabalhadores e das organizações que os representam.
O Bloco de Esquerda - Évora estará activo para dar força à mobilização e ao diálogo necessário na esquerda que defende os serviços públicos e rejeita a austeridade ditada pela Sra. Merkel aos países periféricos. Na campanha presidencial com Manuel Alegre ficou muito clara esta posição política que divide o Partido Socialista e será separadora de águas no ciclo que se abre com estas eleições.

O Bloco estará sempre disponível para, em eleições ou fora delas, procurar consensos e dinâmicas que possam desembocar em propostas de mudança e resistência à ofensiva que hoje ganha novo fôlego.


23 de Janeiro de 2011
A Comissão Coordenadora Distrital de Évora do Bloco de Esquerda

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